Na manhã de terça-feira (25/10), em Brasília, os diretores da Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa Econômica Federal – FENAG, Marconi Apolo (Representação Institucional) e Fábia Le Lonnes (Comunicação e Marketing) compareceram à audiência de instrução presencial referente Ação Coletiva de Assédio, ajuizada em 22 de outubro de 2020.
Os diretores relataram que o advogado da Caixa pediu suspensão do processo da FENAG, alegando que já há o processo do Ministério Público. No entanto, o advogado Marcilio Tavares de Albuquerque Filho, do Escritório Ferreira Borges Advogados que assessora a FENAG, contra-argumentou quanto a importância de se manter ativo o processo da Federação dos gestores.
“A FENAG continuará na sua missão de proteger os gestores que adoeceram nesta gestão temerosa e é importantíssima esta luta, para que não se repita este tipo de gestão desastrosa na Caixa”, destaca a diretora Fábia Le Lonnes.
A audiência foi reagendada para 9 de maio de 2023, às 8 horas, em Brasília.
Relembre as ações da FENAG
- Em 2019 a situação de assédio se agravou. A FENAG encaminhou 9 ofícios à Presidência do Caixa relatando as crescentes denúncias de assédio moral praticados contra empregados.
- Em 2020 as denúncias aumentaram com o decorrer da pandemia, culminando no afastamento de muitos colegas das atividades laborais sob recomendação médica por adoecimento físico e mental, como burnout, depressão profunda e transtornos mentais.
Mesmo ano em que a FENAG realizou pesquisa de clima entre os gestores da Caixa, que sinalizou o adoecimento dos colegas por práticas de assédio moral nas cobranças por metas abusivas. A pesquisa foi apresentada à Direção da Caixa pelos diretores da Federação.
Após total descaso dos representantes da Caixa, a FENAG ingressou com Ação Coletiva de Assédio (22/10/2020), juntamente com as AGECEFs do Brasil (exceto AMRR, AP e TM), visando o pagamento de indenização por danos morais coletivos e a cessação da prática de assédio moral coletivo, inclusive quanto à negativação do empregado, em lista interna, em razão de existência de ações judiciais contra a Caixa.
Em 1ª Instância, o Juiz determinou a manutenção apenas dos casos da AGECEF/DF no polo ativo da ação e julgou extinto, sem julgamento de mérito, quanto às demais AGECEFs.
“Muitos colegas perderam a vida com o descaso da Direção da Caixa aos alertas dados pela FENAG. Tudo isso poderia ter sido evitado se tivessem nos dado ouvidos lá em 2019 e, especialmente, nos momentos da pandemia quando não houve nenhum zelo pelos empregados da Caixa”, enfatiza o Presidente da FENAG, Mairton Neves.
A FENAG e as AGECEF continuam à disposição de seus associados para qualquer denúncia e continuará monitorando todos os desdobramentos da situação.