A Federação Nacional das Associações dos Gestores da Caixa Econômica Federal (FENAG) encaminhou à Presidência da CAIXA um ofício solicitando providências em relação às recentes alterações nas diretrizes negociais aplicadas às Superintendências Executivas de Governo (SEG). O documento foi entregue oficialmente à Assessora Estratégica da Presidência, Salete Cavalcanti, em nome do presidente da instituição, Carlos Vieira.

No ofício, a FENAG destaca mudanças abruptas na metodologia de avaliação do bloco “Geração de Valor”, inicialmente previsto com peso de 90%, mas que foi reconfigurado, já no final de janeiro, para apenas 25%, aumentando o peso dos “Direcionadores Estratégicos” para 75%, sem qualquer aviso prévio à rede. Tal alteração causou um impacto imediato nos resultados, com uma significativa queda no número de SEGs enquadradas em alta performance.

A FENAG também apontou problemas recorrentes como a inclusão de novas metas no decorrer do período, sem comunicação adequada e sem a disponibilização de recursos necessários para sua execução — como foi o caso das metas de crédito para “Saneamento e Infraestrutura”, inseridas em maio, apesar da inexistência de orçamento disponível no início do ano.

Outro ponto crítico mencionado foi o descompasso entre as metas atribuídas às SEGs e às GIGOVs em um mesmo território, o que evidencia uma falta de alinhamento que compromete o planejamento e a eficiência da atuação negocial da rede.

Para a FENAG, tais distorções têm acarretado não apenas prejuízos aos resultados operacionais, mas também impactos significativos no bem-estar das gestoras e gestores, que se encontram sob forte pressão e frustração diante da iminência de não atingirem os níveis de desempenho esperados, especialmente com o encerramento do semestre próximo.

Diante disso, a Federação solicitou à Presidência da CAIXA a adoção de medidas urgentes para promover ajustes que levem em consideração as particularidades do segmento de governo e que possibilitem à rede a realização efetiva de suas entregas.