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18 Nov
Aumento de meta é um desestímulo aos empregados da Caixa
O
aumento exorbitante de metas implantado pela CAIXA no dia 16 de novembro, ou
seja, a 45 dias do final do ano, e em pleno calendário de atendimento à
população brasileira, em função do Auxílio Emergencial, é um grande desestímulo
aos gestores e demais empregados da CAIXA.
Durante toda a pandemia que assola o
Brasil e o mundo, os empregados da CAIXA têm se desdobrado para atender a
milhões de brasileiros que estão sendo beneficiados pelo Auxílio Emergencial.
As jornadas têm sido desgastantes,
em função da grande demanda por atendimento nas agências de todo o país. Para
prestar esse atendimento, os gestores da CAIXA contam com suas equipes
reduzidas, em função da implantação do trabalho em home office, e ainda tem que
prestar atendimentos aos sábados, reduzindo ainda mais o tempo para se
dedicarem às suas famílias, que vivem esse momento de isolamento social.
Os funcionários, que durante a
pandemia foram chamados pela administração da CAIXA de “heróis de crachá”, ainda
tiveram o compromisso da Vice-Presidência de Rede, de que não seriam cobrados
por resultados, durante o período do atendimento aos cidadãos beneficiários do
Auxílio Emergencial.
No entanto, quando ainda cumprem um
calendário específico para atendimento ao Auxílio Emergencial, prestando
atendimento aos sábados, estão sendo obrigados a atender todos os clientes que
se dirigem à Agência, independente da capacidade de pessoal disponível,
descumprindo até os decretos municipais que limitam o atendimento, sob risco de
serem penalizados por recusa de atendimento mesmo se tratando de serviços não
essenciais.
A questão principal é que não se trata
de um simples ajuste de metas, no Crédito Pessoa Jurídica o aumento representou
até 800%; no SBPE/PF chegou a mais de 400%, no item Seguro Prestamista 200% e
Seguro Residencial 250% de aumento, tomando por base o mês de janeiro deste ano
e o mais desesperador é que faltam pouco mais de 30 dias úteis para o fim de
2020.
A CAIXA justificou o aumento das metas divulgado no final de outubro
como um simples reposicionamento para atingir o resultado planejado e adequação
ao mercado, entretanto, a questão principal é que não foi um simples ajuste de
metas. Em relação a agosto, no Crédito Pessoa Jurídica o aumento representou em
média 800% em algumas Unidades, desde SUV até Agências; com aumentos
significativos em SBPE/PF, Previdência, Seguro Residencial, Crédito Varejo PF e
Seguros Prestamista e de Vida.
Segundo relatos de colegas gestores,
os números desse ajuste ficaram inexequíveis para muitas Unidades, aumentando a
ansiedade, o desespero e gerando doença entre alguns profissionais.
Identificamos agências cujas metas de Crédito Pessoa Jurídica tiveram
crescimento de 1.400% de agosto para dezembro/2020 e esses números só foram
disponibilizados no Conquiste no dia 16 de novembro, faltando pouco mais de 30
dias úteis para fim de 2020.
Aliás, o aumento abusivo de metas é
um tema que tem sido tratado, ao longo do ano, pela FENAG com a CAIXA. Após
várias tentativas sem sucesso, em setembro passado a Federação, juntamente com
as Associações dos Gestores de todo o País, ingressaram com uma Ação Judicial
de Assédio Moral, em desfavor da CAIXA, dentre outros motivos, justamente pelos
aumentos absurdos das metas, em pleno momento de pandemia.
Segundo o Presidente da FENAG,
Mairton Neves, “é preciso que a CAIXA se sensibilize, neste momento tão difícil
para todos, e reconheça o esforço dos empregados da CAIXA para cumprir, com
sucesso, uma das missões mais nobres postas a ela”.
Recentemente, a FENAG buscou junto à
CAIXA a retomada do diálogo, visando encontrar soluções conjuntas para os
problemas enfrentados pela rede da empresa, em função da grandiosa demanda
existente e dos riscos inerentes aos serviços prestados pelos empregados da
CAIXA.
A CAIXA abriu uma agenda que incluiu
não só a FENAG, mas as Associações de Gestores (AGECEF) de todo o País. No
entanto, as demandas apresentadas, tanto pela FENAG, quanto pelas AGECEF’s
ainda não tiveram resposta satisfatória, e uma dessas demandas é justamente
relacionada ao aumento das metas e aquelas que tiveram resposta não foram
cumpridas por falta de ação da alta direção. Como exemplo a promessa assinada
em ofício de ter somente 01 Gestor sem direito a horas-extras por sábado em
cada agência e o que se vê são 03, 04 ou mais Gerentes Gerais aos sábados em
algumas agências.
Nesse momento a pergunta que fica é
“Qual o objetivo da implantação desse clima de insatisfação nas agências da Caixa?”
A quem interessa desengajar equipes inteiras no momento decisivo de final de
período de avaliação? Continuaremos pedindo uma
revisão de metas que considere o momento atual da economia, a pandemia e as
condições de trabalho dos empregados e Gestores e que torne possível o
atingimento da Alta Performance no fechamento de 2020.
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