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26 Mar
Mulheres do Movimento - Maria do Socorro de Sousa Oliveira, vice-presidente da AGECEF/RIO
“Quem
vem do Sertão, como eu, não tem medo da vida”, afirma Maria do Socorro de Sousa
Oliveira, vice-presidente da AGECEF/RIO. Em seus 18 anos de CAIXA e dois no
movimento associativo dos gestores do banco, ela diz não se recordar de ter
enfrentado dificuldades somente por ser mulher: “talvez, até por conta da minha história de vida que não me permite
abaixar a cabeça”.
Apesar de, na base da gestão da CAIXA,
haver mais equilíbrio na questão de gênero, a gerente PF diz que vai reduzindo
a participação feminina à medida que avançam aos cargos mais elevados.
Nas organizações associativas, a VP da
AGECEF/RIO reconhece ainda serem espaços predominantemente masculinos, mas que “nossa Agecef teve essa preocupação. Fizemos
uma chapa com bastante equilíbrio entre homens e mulheres na participação”.
Maria acredita que o baixo voluntariado
feminino se dá pelo machismo que impõe às mulheres todas as atividades
domésticas. Segundo ela, a sociedade aceita a mulher no trabalho remunerado,
mas a atividade associativa é doação do tempo. “Doamos o tempo do nosso
descanso, do lazer e, principalmente, da nossa família. Isto é visto como
abandono da família. Gera nas mulheres a culpa que os homens não têm. ‘Afinal,
elas comandam o lar’”.
Outra questão apontada por ela é com
quem deixar os filhos para participar de reuniões e encontros regionais e
nacionais. “Minha filha é figura
carimbada nas reuniões, mas nem todas as mães conseguem levar os filhos”,
lamenta.
Para a colega, é preciso criar espaços
de acolhida às mulheres como aqueles de expressão religiosa onde, enquanto a
mãe participa da atividade, a criança têm recreação e aprendizado religioso. “Deveríamos
criar ambientes onde as crianças descubram a importância do coletivo e incentivar os homens a também levarem os
filhos, diminuindo a cultura do machismo. Este
papel de canguru cabe a ambos. Nossas reuniões teriam mais participação
feminina, tão importante para a transformação desses espaços. Não podemos lutar
por igualdade de gênero se não ocuparmos o lugar de fala”, manifesta.
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