NOTÍCIAS
05
Mai
CUSC avalia desempenho do Saúde Caixa
Representantes
dos empregados relataram preocupações dos usuários em reunião com a CAIXA.
Os
conselheiros dos usuários do Saúde Caixa expuseram as apreensões acerca dos
custos elevados do plano aos representantes da CAIXA, em reunião virtual extraordinária
de avaliação de desempenho, na última quarta-feira (28).
“As
despesas continuaram altas, apesar da redução significativa da procura por
hospitais e clínicas e suspensão de procedimentos eletivos devido à pandemia,
segundo relatório da patrocinadora”, pontuou a conselheira eleita, Marilde
Perín Zarpellon, vice-presidente da Região Sul da FENAG.
A
reunião trataria dos resultados apresentados pela consultora atuarial
contratada pela CAIXA, mas os representantes da consultoria não participaram.
A
coordenadora do CUSC, Zuleida Martins Rosa, pontuou a necessidade de haver mais
transparência no trato dos questionamentos dos usuários: “analisamos os
dados dos relatórios de forma mais aprofundada. Sentimos falta de algumas
informações e ainda temos dúvidas com relação a outras. Precisamos de todas para
buscarmos a solução”.
Um
dos pontos questionados pelo colegiado e pelas entidades representativas de
empregados e aposentados da CAIXA é a efetividade dos sistemas. Os usuários demoram
de duas a três horas para obterem retorno, tendo até de reabrir demanda, além
dos pagamentos dos credenciados.
A
conselheira Márcia Boiczuk afirma serem problemas administrativos e operacionais
que precisam ser solucionados: “temos de reafirmar a importância dos
relatórios de administração e atuarial para termos subsídios mais claros”.
O
Conselho expôs, à extinta Vice-Presidência de Pessoas – VIPES, a preocupação
com relação ao processo de reestruturação da área de recursos humanos em curso,
sobretudo, da Gerência Nacional de Assistência à Saúde, por meio de documento
encaminhado em meados do mês passado. Os setores responsáveis e os profissionais
com conhecimento sobre o funcionamento do Saúde Caixa foram transferidos a diferentes
unidades, o que, certamente, comprometerá a gestão do plano.
Dados
do desempenho do Saúde Caixa
Os
representantes da CAIXA afirmaram que a patrocinadora tem disponibilizado as
informações à empresa contratada pelas entidades – Ícone, para assessorar
o Grupo de Trabalho do plano. Esta e a nova consultora e assessora atuarial
contratada pela CAIXA – Wedan demandam de tempo para entender as regras e o
funcionamento do plano Saúde Caixa.
Os
apontamentos relatados na última reunião estão sendo considerados no relatório de
2020 e serão repassados ao Conselho quando concluídos.
Outros
questionamentos na reunião foram sobre a Ícone ter recebido os relatórios de
administração de 2018 e 2019, da Vesting de 2019 e 2020, pois a metodologia
da Wedan é diferente, portanto, precisa acessar tais dados para uma análise mais
abrangente.
Questionados
sobre o RH aplicado e a suposta extinção do 227, confirmaram que este, que tratava
do antigo benefício de assistência à saúde da modalidade reembolso, perdera efeito
com a publicação da nova norma quando da reabertura do novo plano, em oito de
janeiro deste ano.
As
solicitações de reembolso em função do cadastro antigo, até seis meses do fim
da modalidade, serão atendidas. O RH que rege o atual cadastro é o 221 - versão
2, em atualização para a terceira versão em virtude da mudança da estrutura.
Baixo desempenho
O
Conselho eleito ponderou sobre o baixo desempenho. Os custos se mantiveram
altos, apesar da redução do uso pelos usuários devido à pandemia e as baixas da
inflação médica. O déficit de 2020 foi de R$115.949.617 e as estimativas para
os próximos anos são de resultados deficitários ainda maiores.
"Há
tempos, vimos pedindo à CAIXA, detalhes da utilização do plano, para elaborarmos
estratégias eficientes que reduzam os custos e melhorem o atendimento aos
usuários. O Conselho é peça-chave para ajudar as pessoas a usufruírem bem do
seu plano, incluindo a informação correta para avaliar uma possível otimização
de gastos”, avaliou Zuleida.
Telemedicina
Os
representantes também questionaram os impactos da inclusão da teleconsulta no
plano, no ano passado. Segundo Marilde, “esta modalidade dificilmente será
deixada pelos aposentados. Precisamos saber quais serão as mudanças
significativas nas despesas. Esperamos e entendemos que serão reduzidas Não
saímos da pandemia como entramos”.
Humanização
Outro ponto
importantíssimo levantado foi a mudança da qualidade de vida das pessoas na
contemporaneidade. O médico especialista em plano de saúde da FENAE, Albucacis
de Castro Pereira, assessor da bancada dos trabalhadores no CUSC e no Grupo de
Trabalho Saúde Caixa, enfatizou a necessidade de se trabalhar o ‘humanismo’ no
atendimento à saúde. “A telemedicina surgiu como um canal moderno, mas é
preciso pensar na pessoa como um todo e não em pedaços”.
A
CAIXA afirmou que, provavelmente, o Saúde Caixa incorporará a telemedicina, avaliará
seu custo e o adequará às necessidades dos usuários.
O
Conselho pediu detalhes sobre esta modalidade de atendimento, continuidade,
ampliação e/ou incentivo no pós-pandemia, sobretudo, em regiões afastadas, onde
os usuários precisam percorrer longas distâncias para obter atendimento médico.
Ainda,
os conselheiros eleitos relataram as constantes reclamações recebidas pelos usuários,
quanto aos descredenciamentos em massa nos dois últimos meses em todo o país.
Segundo eles, com aumento próximo a 75% nos custos do Saúde Caixa, seus usuários
esperam por uma melhora do plano, o que não vem ocorrendo.
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