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28 Out
Justiça ordena que Caixa combata assédio imediatamente
FENAG também moveu ação
judicial após comunicar o banco sobre diversas denúncias recebidas.
Ontem (26/10), a Justiça do Trabalho determinou
à Caixa Econômica Federal cumprir, de imediato, medidas de combate ao assédio
moral e sexual, e à discriminação contra seus empregados.
Tal decisão se refere à ação do Ministério
Público do Trabalho – MPT movida depois da imprensa publicar inúmeras denúncias
de empregados contra o ex-presidente do banco público, Pedro Guimarães.
A liminar proíbe a Caixa de:
-
Praticar assédio moral, sexual e discriminação;
-
Perseguir empregados que denunciaram;
-
Restringir a promoção de mulheres beneficiadas de ação coletiva;
-
Monitorar posicionamento político de candidatos a cargos de gestão.
A Caixa é obrigada a:
-
Tomar providências em até 30 dias do recebimento de denúncias de assédio moral
e sexual;
-
Concluir apuração do caso em 90 dias, no máximo;
-
Oferecer suporte psicológico à vítima;
-
Apoiar representação criminal contra o assediador, quando a apuração confirmar
o assédio.
A Caixa emitiu nota reafirmando não tolerar
nenhum desvio de conduta por parte de seus dirigentes ou empregados e que já
implementou voluntariamente tais medidas.
FENAG também acionou a Justiça
Nesta terça-feira (25/10), a FENAG teve
audiência de instrução da ação judicial impetrada por assédio organizacional, em
face da Caixa. A Federação acionou a Justiça após encaminhar nove ofícios, o
primeiro em 2019, denunciando diversos casos de assédio contra empregados,
muitos adoecidos e até afastados do trabalho por recomendação médica.
Segundo a diretora de Marketing da FENAG, Fábia
Le Lonnes, desde 2019, a FENAG luta contra o assédio na Caixa: “pelas diversas denúncias que recebemos,
podemos concluir que a cultura de assédio foi implantada e ainda permanece. E o
que podemos fazer sobre isso? Estamos de um lado trabalhando ações educacionais
como o Curso de Liderança por meio das AGECEFs e FENAG, a fim de reduzir os
prejuízos causados aos gestores com adoecimento e desmotivação no trabalho. Por
outro lado, temos nossa ação de assédio na justiça que busca sensibilizar a
alta cúpula para implantação de ações de combate ao assédio e cuidados aos
colegas adoecidos.
Na tentativa de ajudar a combater o grave
problema, a FENAG vem promovendo uma série de ações:
-
Pesquisa de clima na Caixa, cujo resultado apontou a cultura do assédio no
banco e foi apresentado pela diretoria da Federação à Vice-Presidência da
Caixa;
-
Ação educacional sobre liderança humanizada;
-
Palestras com psicólogos do trabalho em eventos,
-
Produção de cartilha educativa de prevenção e combate ao assédio,
-
Abertura de canal para denúncias anônimas
-
Vida FENAG com ações sociais de promoção de saúde física e mental, entre
outras.
Empregados se indignam com fala do
presidente Bolsonaro amenizando casos
Nesta semana, empregados da Caixa se indignaram
com a declaração do presidente Bolsonaro, em entrevista, sobre não ter visto “nada contundente” nas denúncias de
assédio de empregados de posições estratégicas do banco contra o ex-presidente
do banco, Pedro Guimarães.
Diversos dirigentes da FENAG e presidentes das
AGECEFs se manifestaram em solidariedade às vítimas, testemunhas e suas
famílias.
Por não corresponderem ao assédio sexual, as
vítimas ainda eram revitimizadas com assédio moral como punição. Empregados de
confiança de Pedro Guimarães teriam sido cúmplices ao acobertar casos e aliciar
seus denunciantes ao rebaixá-los de cargos e transferi-los de cidade repentinamente
sem nenhuma justificativa, segundo reportagens da imprensa.
O ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, é
investigado desde a denúncia protocolada pelo Ministério Público do Trabalho,
em junho, quando renunciou à presidência do banco.
Fonte: Portal G1
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