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23
Mar

Mulheres em Movimento - Maria das Dores Magalhães Pacheco

Maria das Dores Magalhães Pacheco atuou na CAIXA por 28 anos e na AGECEF, tem 27. Ela entrou na CAIXA muito jovem, e como a grande maioria dos jovens é destemida, como ela mesma diz, com apenas quatro meses de empresa já exercia função de confiança e foi galgando outras: secretaria, assistente operacional, gerente, gerente geral e gerente de Filial. Ela passou por Pará, São Paulo e Ceará, onde se aposentou.

“Fui gerente muito nova e, como tinha rosto de menina, algumas vezes, o cliente chegava e me dizia que queria falar com o gerente. Mesmo eu me dispondo a atendê-lo, ele insistia. Eu me levantava da mesa, dava alguns passos, me desculpava e voltava dizendo que não havia encontrado outro gerente e que ele teria de ser atendido por mim mesma, até que, desconcertado, aceitava a expor seu problema”.

Quantas e quantos gestores da CAIXA já viveram, testemunharam ou ouviram essa história?

Desde seu início no banco, ela se envolveu com movimento associativo. Foi Diretora da APCEF/PA, conhecida como CAIXAPARÁ: “tinha um clube maravilhoso e fazíamos parte dos eventos dos clubes de elite de Belém”, recorda.

Em Fortaleza, Das Dores, como é conhecida, teve a honra de exercer a função de gerente geral, sendo ela e uma colega, as duas únicas mulheres e pioneiras no cargo de gestão em meio a tantos homens, mas disse que nunca percebeu algum preconceito. “Acho que sabia me impor de uma forma tranquila e com competência, se não teria sido impossível ter me mantido no cargo. Depois, assumi a função de Gerente de Filial que abrangia três estados: Ceará, Maranhão e Piauí”.

Ela contou que um determinado mês, faltando fechar a meta da agência, apelou para um bom cliente que a chamou ao escritório dele. “Corri para lá e, simplesmente, me deu um cheque de outro banco num valor bem alto para investir na poupança e me disse para correr atrás do dinheiro. Não hesitei e convidei a gerente adjunta à época e partimos. Foi dureza, pois o colega do outro banco impunha diversos obstáculos: falta de aviso antecipado, falta de dinheiro etc. Convenci meu cliente a contatá-lo e pedir o atendimento imediato. Não demorou e saímos com uma sacola cheia de dinheiro comemorando a meta cumprida!”

Das dores diz que já era difícil para as mulheres exercer esse tipo de função em razão da dificuldade de conciliar CAIXA x Família; muitas atribuições para gerir. “A carga ficava muito pesada. Acho que isto não mudou muito ainda. As mulheres continuam com atribuições maiores que dos homens quando se dispõem a exercer cargos de maior relevância, pois finda que as atribuições domésticas são quase sempre maiores para as mulheres”, avalia.

Foi no Ceará que ela ingressou no movimento associativo dos gestores desde o início e nunca se afastou. Na AGECEF/CE, compôs a primeira Diretoria e diz com muito orgulho: “me aposentei da CAIXA, mas não me aposentei da AGECEF, onde continuo a exercer a função de gerente executiva. Sou movida pelo desejo de exercer algumas funções que me tornem feliz”.

E encerra: “Essa sou eu, hoje, com dois filhos e dois netos, razão de muitas alegrias e muito amor. Acredito que, como mulher, temos de ter consciência de que temos condições de trazer mais suavidade ao local de trabalho, mas sem deixar de exercer a austeridade quando se faz necessário. Adoro dizer que sou atleta de natação. Já conquistei algumas medalhas entre elas duas de ouro nos jogos da FENACEF com mais de 60 anos”, fala orgulhosa.

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